As zonas de conforto podem ser caracterizadas pela falta de interesse dos funcionários em mudar a forma como as atividades da organização são executadas, tendo como desculpa uma série de razões.
A seguir serão descritas os 11 tipos de zonas de conforto existentes dentro da empresa, que foram extraídos do artigo “Zonas de conforto que destroem as empresas” de Carlos Alberto Zaffani, no link: http://www.rh.com.br/Portal/Desempenho/Artigo/6729/zonas-de-conforto-que-destroem-empresas.html
Zona de conforto 1: A ética é praticada. Somente e quando interessa.
Geralmente, o discurso interno é no sentido de incentivo às práticas éticas e todos os gestores fazem questão de alardear tal conduta junto aos seus funcionários. Porém, são comuns:
- Negociações realizadas com compradores (de clientes) de caráter e conduta duvidosa e mediante o pagamento de comissão para obter alguma vantagem.
- Prática de preços abusivos para determinados clientes que não se interessam em pesquisar o mercado ou porque confiam no vendedor.
- Pagamento de propina para obtenção de "facilidades" ou outros interesses da empresa.
Zona de conforto 2: Tratamentos diferenciados com funcionários.
Sob a alegação de que os encargos sociais são muito elevados, a cada dia é maior o número de situações criadas com funcionários, tais como:
- Trabalhadores sem registro.
- Somente parte do salário é registrada e o restante é pago "por fora".
- Contratação de funcionário condicionada à constituição de empresa (pessoa jurídica).
- Departamentos que operam com funcionários próprios e terceirizados.
- Privilégios concedidos somente para determinados funcionários ou funções.
Zona de conforto 3: Sem a informalidade não sobrevivo!
As principais alegações são que "a carga tributária é muito alta" e/ou que "o cliente só compra sem a competente documentação fiscal ou somente parte do valor documentado". Essa é uma prática muito comum em vários segmentos de negócios.
Zona de conforto 4: Em nosso mercado o cliente só compra "preço"!
Quantas vezes você já escutou alguém dizer: "no meu mercado, os clientes estão preocupados com preço e não exigem qualidade. Assim, o nível e o controle que temos em nossa fábrica está bem adequado. Além disso, nossos problemas com qualidade são muito pequenos! Esta é uma área que não precisamos nos preocupar!".
Zona de conforto 5: Responsabilidade social demagógica
Muito embora várias organizações pelo mundo afora apresentem todas as características de empresas socialmente responsáveis há décadas, a verdade é que os temas "ética e responsabilidade social" ganharam corpo e importância nos anos 90. A partir da crescente pressão exercida pela sociedade, pelos meios de comunicação, pelas ONG´s e pela Igreja (principalmente a Católica). Com isso, tornou-se cada vez mais crescente o número de empresas que sentiram a necessidade de passar uma imagem corporativa positiva e socialmente responsável.
Assim, nos dias de hoje, independentemente da concepção do negócio, do produto ou do serviço oferecido e da qualidade das relações mantidas, a propaganda tornou-se o meio mais fácil de construir e oferecer ao mercado uma imagem saudável e positiva.
Zona de conforto 6: Nossos níveis de desperdício são muito baixos!
Mesmo não mantendo quaisquer controles mais eficientes nos processos, muitos gestores estão convictos de que os níveis internos de desperdícios são adequados.
Zona de conforto 7: Nossos produtos não precisam de atualização e sempre serão desejados pelo mercado!
Muitas empresas que tiveram a competência de desenvolver produtos que estão presentes no mercado há muitos anos geralmente acreditam (ou parecem acreditar) que os mesmos são "eternos".
Zona de conforto 8: Base de fornecedores - tradicionais - de matérias primas.
Empresas e negócios existentes há muitos anos geralmente possuem uma base de fornecedores tradicionais de matérias primas, onde as relações estão consolidadas e as práticas são inteiramente conhecidas.
Zona de conforto 9: Tratamento especial somente para os melhores clientes.
Quantas são as empresas que constroem e/ou prosperam seus negócios numa base limitada de clientes e para eles dispensam tratamentos diferenciados e especiais.
Zona de conforto 10: Sabemos o que o nosso cliente quer!
Quantas empresas acreditam que conhecem as necessidades dos clientes em razão da presença no mercado há muitos anos.
Zona de conforto 11: Aqui as coisas sempre foram assim e é por isso que continuamos no mercado!
Diante de qualquer questionamento do por que não se muda determinada rotina ou procedimento interno, é mais comum do que se imagina ouvir como resposta algo parecido com a expressão acima.
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